Oferta dos EUA para ajudar Irã a combater coronavírus é 'estranha', diz líder supremo

Neste domingo (22), em discurso em rede nacional, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, classificou os líderes norte-americanos de "charlatões".
Sputnik

O Irã é o país mais afetado pela COVID-19 no Oriente Médio, com 20.610 casos e mais de 1.300 mortes. Apesar de os EUA terem mais casos do novo coronavírus do que o Irã, a taxa de mortalidade nos Estados Unidos ainda é inferior à do país persa.

"Os americanos ofereceram-se várias vezes para ajudar o Irã a conter o vírus. Mas vocês são acusados de criar o vírus. Eu não sei se isso é verdade, mas é estranho que queiram ajudar o Irã", disse Khamenei, referindo-se aos EUA.

Teerã culpa as sanções econômicas impostas pelos EUA pelas suas dificuldades em frear a propagação do vírus ou manter a taxa de mortalidade em níveis inferiores.

"Vocês [os EUA] estão enfrentando escassez na sua batalha contra o vírus", lembrou Khamenei. "E se vocês nos derem uma droga que faça o vírus ficar permanentemente no Irã?"

O país persa solicitou um empréstimo ao Fundo Monetário Internacional mas, como o seu Banco Central é classificado pelos EUA como "organização terrorista", enfrenta dificuldades para receber os recursos.

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"Os EUA são o nosso inimigo número um. [O país] é o mais perverso e sinistro inimigo do Irã. Seus líderes são charlatões", disse Khamenei.

Nesta quinta-feira (19), o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, anunciou a imposição de mais sanções econômicas contra Teerã, acusando o país de "financiar o terror e outras atividades desestabilizadoras".

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