OMS: teste para todos não é necessário e nova onda de infecções pode vir após quarentena

Países afetados pela COVID-19 podem enfrentar nova onda de infecções após a suspensão da quarentena, alertou um alto funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS). Para ele, não é necessário testar todo o mundo.
Sputnik

O chefe do Programa de Saúde Emergencial da Organização Mundial da Saúde, Michael Ryan, reiterou a necessidade de aplicação de medidas drásticas para conter o vírus.

"Nós temos que nos concentrar em encontrar aqueles que estão doentes, aqueles que têm o vírus, e isolá-los; encontrar aqueles com quem eles tiveram contato e isolá-los", resumiu Ryan.

De acordo com ele, ao contrário do que muitos pensam, o grupo de risco inclui não só os idosos, mas também pessoas de meia-idade.

"Se não adotarmos medidas vigorosas de saúde pública, quando essas restrições de movimento e quarentena forem levantadas o perigo é a doença voltar a se propagar", explicou.

Ryan ainda disse que nem todos os cidadãos precisam ser testados para o coronavírus, em uma aparente mudança de posicionamento da organização.

Anteriormente, a OMS havia sido criticada pelo governo da Finlândia por pedir que os governos providenciassem testes para todos os cidadãos.

OMS: teste para todos não é necessário e nova onda de infecções pode vir após quarentena

Ryan lembra que, "para ganhar a batalha contra esse vírus", será necessário desenvolver uma vacina específica. No entanto, esse processo pode demorar pelo menos um ano.

Até à chegada da vacina, os governos devem se concentrar na prevenção e salvar a vida daqueles que venham a ser afetados, disse o diretor da OMS à BBC.

Nesta sexta-feira (20), Moscou anunciou que cientistas russos iniciaram testes em animais de diversas possíveis vacinas contra o coronavírus. A expectativa é que a vacina possa ficar pronta no último trimestre de 2020.

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