Europa deve esquecer a ideia de que "a pandemia terminará em breve" e entender que a luta contra o coronavírus pode durar até dois anos, acredita Wenhong, diretor da equipe de especialistas clínicos da COVID-19 em Xangai.
"Seria perfeitamente normal que o vírus entrasse e saísse, e que durasse entre um ou dois anos", afirmou Zhang Wenhong, citado pelo jornal chinês The South China Morning Post.
Durante videoconferência organizada pelo consulado da República Popular da China em Dusseldorf, na Alemanha, Wenhong afirmou que, para superar a crise do novo coronavírus "em pouco tempo", as medidas tomadas pela comunidade internacional devem ser "extremamente radicais".
A pandemia de coronavírus poderia ser freada "se o mundo inteiro pudesse ficar parado por quatro semanas", ponderou o médico, reconhecendo não conseguir imaginar a possibilidade de "suspensão global total, nem sequer na Alemanha ou na Europa".
De acordo com Zhang Wenhong, o fechamento generalizado das cidades chinesas foi possível, porque o surto inicial coincidiu com as férias do Ano Novo lunar.
Durante os últimos quatro dias, não foi registrado um único novo caso de COVID-19 na China, que continua lutando para conter os casos importados. Contudo, países europeus, como a Itália, Espanha, França e Alemanha, estão sofrendo forte alta de infectados e mortes.