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Falta de fiscais para combater desmatamento por conta da COVID-19 é perigosíssima, diz especialista

Em meio à pandemia da COVID-19, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, participou nesta quarta-feira (25) da primeira reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal neste ano.
Sputnik

O encontro tratou de estruturação, estratégia e ações imediatas do conselho.

Em entrevista à Sputnik Brasil, Ane Alencar, diretora do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), disse que o governo federal precisa focar no combate ao desmatamento.

"O governo tem que tratar de forma séria e estratégica o combate ao desmatamento, principalmente inibir de forma veemente a ilegalidade no que diz respeito a grilagem de terras e o desmatamento sem licenciamento", afirmou.

O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Olivaldi Azevedo, disse à agência Reuters que um terço dos agentes de campo do Ibama tem quase 60 anos ou tem condições médicas que os impede de realizar o trabalho de fiscalização contra o desmatamento por conta da pandemia da COVID-19.

Para Ane Alencar, a falta de fiscais durante as próximas semanas é muito perigosa.

"Essa combinação de falta de gente pra combater ilegalidades mais início do período de queimadas e desmatamento é perigosíssima, vamos esperar os dados desse mês para ver o primeiro sinal do impacto do vírus na redução do desmatamento", disse.

O problema ocorre porque o Ibama não contrata novos agentes há anos devido a cortes no orçamento do governo federal e suas fileiras estão envelhecendo rapidamente.

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