Vale recordar que as restrições impostas à Huawei pela administração Trump impedem os smartphones Huawei de oferecer aplicativos ligados a empresas norte-americanas.
Segundo o site especializado XDA Developers, a Huawei encontrou uma forma de baixar aplicativos que não estão na sua própria loja AppGallery.
O gigante chinês está assim desenvolvendo o denominado AppSearch, para permitir que seus usuários tenham acesso a aplicativos que não estavam mais disponíveis. Este software está já em fase de testes na Alemanha.
Desde que a administração norte-americana introduziu sanções contra a Huawei, a empresa não pode mais oferecer os serviços do Google, incluindo o sistema operacional Android, em seus novos modelos de smartphones.
Aplicativos populares como o YouTube não estão, portanto, mais acessíveis, mas isso pode estar prestes a mudar, dado que a AppSearch permite a procura e instalação de qualquer aplicativo em smartphones que utilizem o sistema operacional da Huawei.
Esta plataforma eliminaria assim o ponto fraco dos celulares mais recentes da marca, como os tecnologicamente avançados Mate 30 e P40.
Encontrar alternativas sem o Google
A Huawei, em parceria com outras empresas de telecomunicações chinesas - Xiaomi, Oppo, Vivo - anunciou a criação de uma loja de aplicativos semelhante à PlayStore do Google.
Sem referir as sanções dos EUA, a razão oficial adiantada foi a de permitir que os fabricantes de aplicativos e jogos pudessem oferecer seus produtos nos smartphones dessas marcas.
Se as alternativas surgidas ao YouTube, Facebook ou Google Maps encontraram uma boa receptividade no mercado chinês, o mesmo não se verificou no mercado europeu, onde muitos programas requerem a Interface de Programação de Aplicativo (API, na sigla em inglês) do gigante americano Google.
Assim, os novos smartphones da Huawei, que não oferecem certos aplicativos emblemáticos como o Twitter, Netflix ou Instagram, têm sido recebidos com relutância pelos clientes do Velho Continente.