Imprimir ventiladores médicos em impressora 3D? Pesquisadores alemães reacendem esperanças

A Alemanha tem neste momento aparelhos para respiração artificial suficientes para pacientes com complicações respiratórias em estado grave. Mas um plano B está sendo desenhado, caso Berlim precise de mais aparelhos com urgência.
Sputnik

Pesquisadores de Giessen e Marburg apresentaram na semana passada dois novos estudos para renovar a tecnologia nesta área.

Por enquanto, a Alemanha está lidando relativamente bem com seus pacientes infectados pelo coronavírus. Mas em caso de aumento exponencial de seu número a situação pode mudar, e equipamentos para respiração artificial poderão ser necessários.

Neste caso, pesquisadores da Universidade Philipps de Marburg e do Hospital Universitário de Giessen e Marburg desenvolveram um novo método para ajudar o país nessa emergência.

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Muitos alemães sofrem de apneia, que consiste em pausa involuntária na respiração durante o sono. Essa condição piora a qualidade do sono e tem consequências negativas para a saúde.

Essa e outras doenças do trato respiratório são tratadas com auxílio de compressores de ar, os quais os pesquisadores conseguiram acoplar em equipamentos de respiração artificial.

"Para usar esses compressores durante a respiração artificial, é necessário um módulo que periodicamente interrompa o fluxo de ar. Quando esse movimento intermitente ocorre, o ar sai e o pulmão infla novamente", explicou o pesquisador Johnny Nguyen à Sputnik Alemanha.

"Nosso objetivo é disponibilizar os planos do módulo na Internet. Assim, as pessoas podem simplesmente baixar o programa e imprimi-lo em uma impressora 3D", acrescentou o pesquisador. "Depois só faltará montar as peças separadas e o equipamento estará pronto."

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Na Alemanha existem cerca de 2,5 milhões desses dispositivos, inclusive os disponíveis no mercado. "Graças à nossa ideia, seria possível usar esses dispositivos e tratar um determinado grupo de pacientes", disse Nguyen.

A Alemanha é um dos países mais afetados do mundo pela COVID-19, mas destaca-se pela baixa taxa de letalidade da doença: com 62.435 casos confirmados, o número de mortes não ultrapassa as 560.

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