Maduro denuncia navio turístico 'pirata' português que afundou embarcação da Marinha venezuelana

O presidente venezuelano Nicolás Maduro denunciou o ataque e afundamento de um barco da Marinha da Venezuela por um navio turístico "pirata", a noroeste da ilha de La Tortuga.
Sputnik

Na noite de segunda-feira (30), o navio de passageiros Resolute, com mais de 120 metros de comprimento, entrou em águas venezuelanas, a 11 quilômetros da ilha de Tortuga. Um barco da Guarda Costeira venezuelana foi ao seu encontro. O Resolute bateu contra a embarcação venezuelana, resultando no naufrágio desta última.

Segundo o líder bolivariano, o navio de passageiros Resolute, de bandeira portuguesa, é "oito vezes maior" que a embarcação da Marinha. Apesar do naufrágio, a tripulação venezuelana foi resgatada com vida e conseguiu salvar todo o material de guerra.

"Foi um ato de pirataria internacional", disse Maduro na terça-feira (31).

O chefe de Estado venezuelano afirmou que o navio turístico está atualmente no porto de Willemstad, capital da ilha Curaçao, e que tenciona "investigar o ato de pirataria".

"O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela e o Ministério da Defesa iniciaram os respectivos procedimentos a nível diplomático e militar para esclarecer este caso. No entanto, as autoridades venezuelanas não descartam que este navio transportasse mercenários para atacar bases militares na Venezuela", afirma o comunicado feito pelas autoridades venezuelanas ao Governo de Curaçao.

Maduro pediu ao ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreaza, que realizasse os "procedimentos diplomáticos" correspondentes.

Maduro denuncia navio turístico 'pirata' português que afundou embarcação da Marinha venezuelana

De acordo com ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, o ataque "gerou danos de grande magnitude e causou preocupação" no navio da Marinha venezuelana, por isso não encaram o que aconteceu "como um caso isolado".

"A ação do navio Resolute é considerada covarde e criminosa, pois não ajudou no resgate dos tripulantes, violando as normas internacionais que regulam o resgate de vidas no mar", relatou a autoridade militar.

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