A paralisação das atividades, além de danos para a economia brasileira, como demissões e dificuldades econômicas para o mercado interno, gera também incertezas em relação a um dos principais parceiros econômicos do Brasil.
A vizinha Argentina declarou nesta segunda-feira (6) que decidiu adiar pagamentos de até US$ 10 bilhões em dívidas emitidas em dólares sob a lei local até o final do ano por causa do coronavírus.
"As relações comerciais entre Brasil e Argentina neste momento estão relegadas a segundo plano, porque claro a prioridade é a pandemia no novo coronavírus", disse.
José Augusto de Castro chamou a atenção para dados relativos ao mês passado sobre as trocas comerciais entre os dois países.
"Se nós verificarmos dados estatísticos que foram divulgados na semana passada, relativo ao mês de março, as nossas exportações para a Argentina tiveram uma queda de 6% enquanto as nossas importações tiveram uma queda de 28%. Ou seja, o comércio exterior ficou em segundo plano neste momento, porque a prioridade é dar atenção a pandemia que está acontecendo no mercado interno", afirmou.
No entanto, apesar do foco ser o combate ao novo coronavírus, José Augusto de Castro salientou que as consequências da suspensão das relações comerciais entre Brasil e Argentina são bastante negativas.
"Perda de emprego, perda de atividade econômica, retração econômica, todos os aspectos negativos que nós podemos listar neste momento estão sendo vividos pelos dois países, especificamente aqui na América do Sul", completou.
O Brasil é o principal destino das exportações argentinas. O Brasil compra, principalmente, caminhões, carros e trigo.