Bruno Rodríguez Parrilla, ministro das Relações Exteriores cubano, rejeitou as acusações envolvendo Cuba em alegadas operações de tráfico de droga, emitidas por um funcionário do Departamento de Defesa dos EUA e publicadas na revista norte-americana Newsweek.
"Rejeito a suposta alegação de um alto funcionário não nomeado do Pentágono, citada pela Newsweek, de que a comunidade de serviços secretos tem provas de tráfico de droga entre Cuba e a Venezuela. É uma calúnia total e infundada, com implicações perigosas".
O artigo cita um alto funcionário anônimo do Pentágono como tendo afirmado haver provas de que o presidente venezuelano Nicolás Maduro estaria traficando droga entre a Venezuela e Cuba usando embarcações.
Carlos Fernández de Cossío, diretor-geral para os EUA do Ministério das Relações Exteriores cubano, também se pronunciou sobre a questão.
"Segundo a Newsweek, um 'alto funcionário' não identificado do Pentágono afirmou que houve transporte de drogas entre a Venezuela e Cuba. É uma declaração perigosa e irresponsável, totalmente infundada.
O governo dos EUA sabe perfeitamente que o 'alto funcionário' está mentindo".
Segundo a própria Newsweek, outros funcionários do governo dos EUA disseram que esta operação antidroga levada a cabo pela Casa Branca e centrada na Venezuela e Cuba apenas procura distrair das atenções da crise nos EUA gerada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
EUA no Caribe
O presidente norte-americano Donald Trump anunciou em 1º de abril o envio de navios de guerra, aviões e tropas em uma operação antidroga na zona do Caribe, ao largo da costa da Venezuela, destinada a aumentar a vigilância e as apreensões de carregamentos de droga nesta região.
O anúncio desta operação antidroga coincidiu com uma "proposta" lançada por Washington, conhecida como o Quadro Transitório Democrático para a Venezuela, que apela à demissão do presidente venezuelano Nicolás Maduro, à constituição de um governo de transição e à realização de eleições.