Pandemia da COVID-19 demonstra como poderia se desenrolar ataque bioterrorista, adverte ONU

Segundo António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, a pandemia provocada pelo SARS-CoV-2 revela o perigo que agentes não estatais poderiam representar usando estirpes letais lançadas deliberadamente.
Sputnik

A falta de preparação na atual pandemia revelou como os agentes não estatais poderiam ter acesso a estirpes mortíferas para perpetrar um ataque bioterrorista, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, ao Conselho de Segurança da ONU.

"As fraquezas e a falta de preparação reveladas por esta pandemia deram uma ideia para a forma como um ataque bioterrorista poderia se desenrolar, e podem aumentar seus riscos", afirmou Guterres na quinta-feira (9), citado pelo diário Economic Times.

"Os grupos não estatais poderão obter acesso a estirpes virulentas, que poderão criar uma devastação semelhante às sociedades de todo o mundo", disse.

Guterres afirmou que alguns atores poderão tirar partido da atual crise global e promover uma maior divisão, resultando na escalada da violência e em potenciais "erros de cálculo devastadores" em regiões já assoladas por conflitos.

Além disso, a pandemia da COVID-19 pode minar ainda mais a confiança da população nas instituições públicas, se os cidadãos sentirem que os governos não deram resposta adequada ou que faltou transparência quanto ao alcance da crise, afirmou Guterres.

O secretário-geral exortou igualmente o Conselho de Segurança das Nações Unidas a demonstrar unidade na mitigação dos desafios à paz e segurança colocados pela pandemia.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, EUA, o número de pessoas infectadas com o vírus por todo o mundo ultrapassou 1,6 milhão, com mais de 97.000 mortes.

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