O cálculo é feito pelo Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP), que reúne informações de geolocalização de celulares das quatro principais operadoras de telefonia operando no Brasil. O sistema, que funciona em cidades com mais de 30 mil habitantes, é atualizado todos os dias.
O governo estadual considera que o índice ideal para controlar a propagação do vírus causador da COVID-19 é 70%, segundo publicado pelo portal G1. Essa taxa, no entanto, nunca foi alcançada. A máxima atingida foi de 59%, no dia 5 de abril.
Para aumentar o isolamento social, medida recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar a disseminação do coronavírus, o governador de São Paulo, João Doria, disse que adotaria posturas mais rígidas caso o índice não chegue a pelo menos 60%.
Por meio do Twitter, o governador também procurou afastar as críticas de que o sistema de monitoramento poderia violar a privacidade dos cidadãos, afirmando que os dados eram anônimos e não desrespeitavam a Lei Geral de Proteção de Dados.
Além disso, informações coletadas pela empresa de tecnologia In Loco indicam que o isolamento social também caiu no restante do país. A companhia diz que usa dados enviados por aplicativos parceiros, sem repassar informações como nome e CPF, para aferir deslocamentos dos usuários.
Número de pessoas nas ruas aumentou no país
Segundo a empresa, que afirma possuir informações de deslocamento de 60 milhões de celulares, em todos os estados e no Distrito Federal o número de pessoas nas ruas aumentou entre os dias 31 de março e 6 de abril na comparação com as semanas anteriores.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a taxa de isolamento foi de 57,02% entre 24 e 30 de março, mas caiu para 53,71% entre 31 de março e 6 de abril.
Segundo o último balanço do Ministério da Saúde, divulgado nesta sexta-feira, o número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil chegou a 1.057, com 19.638 casos confirmados.