A fala de Bolsonaro ocorreu durante videoconferência com lideranças religiosas.
"Temos dois problemas pela frente, lá atrás eu dizia: o vírus e o desemprego. Quarenta dias depois, parece que está começando a ir embora a questão do vírus, mas está chegando e batendo forte o desemprego. Devemos lutar contra essas duas coisas", disse o presidente, segundo o jornal O Globo.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem 1.223 mortes causadas pelo coronavírus e 22.169 infectados. Apenas nas últimas 24 horas, são 99 novas mortes e 1.442 casos confirmados.
Mandetta diz que pico da doença ainda não chegou
A previsão de Bolsonaro de que a epidemia está indo embora não bate com os prognósticos do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O chefe da pasta vem dizendo que o pico da doença ocorrerá entre abril e maio e o vírus circulará até meados de setembro.
Bolsonaro vem defendendo o fim do isolamento social da população, argumentando que os efeitos da quarentena serão piores do que os trazidos pelo coronavírus. Ele pede o isolamento apenas de idosos e grupos de risco.
O Ministério da Saúde e a maioria de governadores e prefeitos do país, no entanto, seguem a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS): quarentena para evitar a rápida disseminação do vírus e o colapso do sistema de saúde.
A videoconferência, chamada de Celebração de Páscoa, foi transmitida pela emissora pública TV Brasil. Além de Bolsonaro, o evento contou com a presença de pastores, um padre, um bispo e um rabino.
O pastor Silas Malafaia, que participou da videoconferência, disse que "nenhuma previsão catastrófica acontecerá no nosso país".
"Eu declaro, na autoridade do nome de Jesus, que, dentro de pouco tempo, o Brasil vai usufruir de um tempo de prosperidade que nunca aconteceu na nossa história", afirmou.