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No dia em que Brasil registra 99 mortes pela COVID-19, Bolsonaro diz que vírus começa a 'ir embora'

Neste domingo (12), dia em que o Ministério da Saúde divulgou que 99 pessoas morreram de COVID-19 nas últimas 24 horas, presidente Jair Bolsonaro disse que o vírus "está começando a ir embora".
Sputnik

A fala de Bolsonaro ocorreu durante videoconferência com lideranças religiosas. 

"Temos dois problemas pela frente, lá atrás eu dizia: o vírus e o desemprego. Quarenta dias depois, parece que está começando a ir embora a questão do vírus, mas está chegando e batendo forte o desemprego. Devemos lutar contra essas duas coisas", disse o presidente, segundo o jornal O Globo. 

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil tem 1.223 mortes causadas pelo coronavírus e 22.169 infectados. Apenas nas últimas 24 horas, são 99 novas mortes e 1.442 casos confirmados. 

Mandetta diz que pico da doença ainda não chegou 

A previsão de Bolsonaro de que a epidemia está indo embora não bate com os prognósticos do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. O chefe da pasta vem dizendo que o pico da doença ocorrerá entre abril e maio e o vírus circulará até meados de setembro. 

Bolsonaro vem defendendo o fim do isolamento social da população, argumentando que os efeitos da quarentena serão piores do que os trazidos pelo coronavírus. Ele pede o isolamento apenas de idosos e grupos de risco. 

O Ministério da Saúde e a maioria de governadores e prefeitos do país, no entanto, seguem a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS): quarentena para evitar a rápida disseminação do vírus e o colapso do sistema de saúde. 

A videoconferência, chamada de Celebração de Páscoa, foi transmitida pela emissora pública TV Brasil. Além de Bolsonaro, o evento contou com a presença de pastores, um padre, um bispo e um rabino. 

O pastor Silas Malafaia, que participou da videoconferência, disse que "nenhuma previsão catastrófica acontecerá no nosso país". 

"Eu declaro, na autoridade do nome de Jesus, que, dentro de pouco tempo, o Brasil vai usufruir de um tempo de prosperidade que nunca aconteceu na nossa história", afirmou.

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