"Temos boas perspectivas que os resultados dessa pesquisa possam ser positivos e assim poderemos ajudar não só o Brasil, como outros países no combate à COVID-19", afirmou Pontes nesta quarta-feira (15) durante entrevista coletiva, segundo o portal UOL.
Para não gerar uma corrida às farmácias, como ocorreu com a cloroquina, o ministro disse que o nome do remédio não será divulgado. Ele afirmou ainda que fez questão de não saber qual era esse medicamento.
"Fiz questão de não saber esse nome para evitar uma correria em torno desse medicamento, enquanto não temos certeza de que ele vai funcionar para isso", justificou Pontes.
Em testes realizados por cientistas brasileiros do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (Cnpem), o medicamente obteve 93,4% de eficácia após 48 horas de uso in vitro. O remédio seria barato, de uso pediátrico e teria poucos efeitos colaterais.
Testes serão realizados em 500 pacientes em 7 hospitais
Sete hospitais do Brasil devem realizar os testes em 500 pacientes internados com a COVID-19, cinco no Rio de Janeiro, um em São Paulo e um em Brasília. Eles precisarão assinar um termo e não saberão qual substância estão tomando.
A aprovação para a pesquisa com o medicamento foi dada na terça-feira (14) pelo Conselho Nacional de Ética em Pequisa (Conep).
Os testes nos hospitais vão durar cinco dias. Depois, os pacientes serão observados por nove dias, com monitoração de carga viral, sintomas, exames clínicos, de imagem, além de exames cardíacos e laboratoriais.
Segundo Pontes, os testes devem ser concluídos até meados de maio. Como já existe, caso se comprove eficaz, poderia ser usado rapidamente para tratamento da enfermidade.