Segundo especialista, logística de caças F-35 é 'proibitivamente onerosa'

Para o autor de um artigo para a revista militar National Interest, o Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos é provavelmente o maior proprietário de caças furtivos F-35.
Sputnik

Contudo, o comandante do Corpo de Fuzileiros dos EUA (USMC, na sigla em inglês), general David Berger, deixou claro que o Corpo poderia reduzir a compra planejada de 420 caças F-35, enquanto se reorganiza para obtenção de capacidade naval para se contrapor à China. Berger tem afirmado que deseja que os batalhões de marines sejam mais leves e rápidos, revela a publicação National Interest.

"Neste momento, o programa [de F-35] de planejamento continua sem alterações", afirmou Berger a jornalistas em 1º de abril deste ano. "Contudo, estou assinalando para a indústria que devemos estar preparados para realizar ajustes conforme o ambiente operacional se ajusta."

A possibilidade de cortes nos caças não surpreenderia Raymond Dudderar, um aviador da Marinha norte-americana e piloto de testes aposentado. Por quase três décadas Dudderar pilotou diversas aeronaves da Marinha.

Considerando sua experiência, Dudderar realizou análises desclassificadas para almirantes da Marinha, informando sobre problemas com os F-35. Um ano depois, Dudderar divulgou ao público suas análises.

"O avião de decolagem curta e aterrissagem vertical F-35B do Corpo de Fuzileiros existe hoje somente porque o USMC tem continuado a insistir que precisa de sua própria força aérea de jatos de alta velocidade para realizar apoio aéreo próximo a suas forças de assalto anfíbias em terra", avaliou Dudderar.

Para David Axe, autor do artigo, o custo do suporte logístico do F-35B em uma base "austera" em terra é proibitivamente oneroso.

Axe defende que pontos como combustível, munições, pessoal de manutenção e sua logística pessoal e profissional, além de outros pontos, tornam difícil demais oferecer apoio e manter os caças F-35B por mais que um ciclo operacional, sendo mesmo impossível durante uma batalha.

Devido a análises como a de Dudderar, o general Berger propôs um novo plano para 2030, que reduziria de 16 para 10 os esquadrões deste caça.

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