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Doria estende quarentena em SP até 10 de maio: 'Aqui não brigamos com a ciência'

Ao anunciar o prolongamento da quarentena em São Paulo para 10 de maio devido à epidemia do novo coronavírus, o governador do estado, João Doria (PSDB), disse que não iria brigar com a "ciência". 
Sputnik

"Aqui não brigamos com a ciência, e a orientação da ciência foi para prorrogar a quarentena", disse Doria nesta sexta-feira (17), segundo a agência Estadão Conteúdo. 

O anúncio foi feito após o governador se reunir com membros do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo. 

De acordo com Doria, a medida tem o objetivo de evitar o colapso do sistema de saúde de São Paulo. O estado está sob quarentena desde 22 de março. O término das medidas restritivas estava previsto para 22 de abril. 

"Há um mês tínhamos a primeira morte em São Paulo. Hoje são 853 mortes no estado [número atualizado para 928]. Infelizmente, os casos estão em expansão. As UTIs e enfermarias dos hospitais públicos e privados estão recebendo um número maior de pacientes a cada dia e já temos alguns hospitais à beira do seu limite. A atitude responsável do governo é pela prorrogação dessa quarentena para evitar o colapso no atendimento da saúde pública", afirmou Doria, segundo o jornal O Globo. 

Medidas 'irresponsáveis'

O tucano disse ainda que o governo de São Paulo não toma medidas "irresponsáveis ou fundamentadas em ideologia", mas age "conforme a ciência determina".

Especialistas apontam que maio será o mês de pico da epidemia da COVID-19 no estado. O novo período de quarentena terá as mesmas regras do atual. 

"São Paulo acredita na ciência e quero voltar a reafirmar que São Paulo confia nos médicos que salvam vidas. Pelo amor à vida, às pessoas e por respeito à medicina, nós prorrogamos essa quarentena", disse Doria.

Estado tem 12.841 casos da COVID-19

O estado, que é o mais afetado pela epidemia do vírus, tem 12.841 casos confirmados, com 928 mortes, segundo último balanço do Ministério da Saúde. 

No Brasil, são 33.682 casos confirmados e 2.141 óbitos. 

Na quinta-feira (16), o presidente Jair Bolsonaro demitiu o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Para seu lugar, foi chamado o oncologista Nelson Teich. 

O presidente vem defendendo flexibilizar as medidas de isolamento social impostas em várias cidades e estados do país, e o governador de São Paulo se tornou um dos seus principais alvos de críticas.

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