Há testes de anticorpos que colocariam pessoas em risco de contrair COVID-19, diz cientista

Especialista do Reino Unido disse que testes de anticorpos para detectar o coronavírus não são confiáveis.
Sputnik

O professor John Newton, coordenador nacional do programa britânico de testes do coronavírus, afirmou publicamente os testes de anticorpos que não foram clinicamente certificados podem colocar mais pessoas em risco de contrair o coronavírus.

"O governo, apoiado por especialistas de classe mundial e reguladores, continua trabalhando arduamente para entregar rapidamente um kit de teste de anticorpos fiável e preciso, para conter a proliferação do vírus e permitir que as pessoas retornem ao trabalho em segurança", afirmou o responsável britânico. "Até lá, por favor, não compre nem faça testes não certificados. Eles podem não ser confiáveis para o uso pretendido; eles dão um resultado falso e colocam você, sua família e outros em risco."

Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta sexta-feira (17) que não existem evidências de que estes testes sejam confiáveis para demonstrar a imunidade ou risco de contrair novamente o vírus.

A doutora Maria Van Kerkhove, representando a organização em Genebra, afirmou o seguinte:

"Estes testes de anticorpos poderão somente medir o nível de presença serológica, mas isto não significa que alguém com anticorpos esteja imune".

Concordando com as palavras de Van Kerkhove, o professor Newton recomendou que organizações e indivíduos não usem testes de anticorpos sem a certificação de um laboratório científico.

Contágio não garante futura imunidade

A OMS não está segura de que a presença de anticorpos no sangue traga proteção total contra a reinfecção com o novo coronavírus, segundo explicaram os principais especialistas da organização, informou o jornal espanhol 20 minutos.

"Muitas das informações preliminares que nos chegam neste momento sugerem que uma percentagem bastante baixa da população está sendo imunizada", divulgou a organização. "Não existem evidências de que os sobreviventes do coronavírus tenham imunidade".

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