Cerca de cinco banhistas foram então levados em duas viaturas para a 13ª Delegacia de Polícia (DP), em Ipanema, para prestar esclarecimentos, segundo o jornal O Globo.
Os policiais pediram para os membros da família saírem da água usando apitos por duas vezes. Como não foram atendidos, retiraram as pessoas do mar, o que acabou provocando uma aglomeração no calcadão da orla.
O fato ocorreu na altura do Posto 6. Decreto do governador Wilson Witzel, de 19 de março, determina o isolamento social e veta o uso da praia devido à epidemia do coronavírus.
O texto do decreto diz que não é permitido "frequentar praia, lagoa, rio e piscina pública". Mesmo assim, muitas pessoas continuam se exercitando nessas áreas ou permanecendo nas areias.
Em publicação de hoje no Twitter da Guarda Municipal do Rio de Janeiro, é possível ver muitas pessoas na praia do Arpoador. O órgão disse que o local recebia "grande movimentação", e por isso a sirene de uma viatura foi "ligada para dispersar os cidadãos".
Surfistas já foram tirados da água
A quarentena está em vigor até o dia 30 de abril no Rio de Janeiro, mas, nesta quinta-feira (23), o governador decidirá se flexibilizará as medidas de isolamento social.
O caso em Copacabana não foi o primeiro de pessoas retiradas na praia no estado do Rio e no Brasil. No início de abril, duas mulheres foram detidas por agentes do programa Niterói Presente enquanto caminhavam na praia de Icaraí.
Em Ubatuba, em São Paulo, dois surfistas foram detidos no dia 7 de abril na praia de Itamambuca, segundo o portal G1. Em 22 de março, uma surfista foi retirada da água em Guarujá, em São Paulo, de acordo com o portal UOL.
As medidas de isolamento foram adotadas pela maioria de governadores e prefeitos do país seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde. Alguns grupos, no entanto, pedem a flexibilização das regras, postura defendida pelo presidente Jair Bolsonaro.
O último boletim do Ministério da Saúde sobre a evolução da epidemia, divulgado na segunda-feira (20), diz que o Brasil registra 40.581 casos da COVID-19 e 2.575 mortos.