Cooperação contra COVID-19 pode trazer paz para Israel e Palestina, diz oficial da ONU

Líderes israelenses e palestinos devem rejeitar medidas unilaterais e promover a paz em meio às oportunidades criadas pela COVID-19, disse nesta quinta-feira (23) o coordenador especial da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Nickolay Mladenov.
Sputnik
"Estou encorajado que a crise da COVID-19 também tenha criado algumas oportunidades de cooperação", afirmou Mladenov em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU. "Peço fortemente aos líderes israelenses e palestinos que aproveitem este momento para tomar medidas em direção à paz, para rejeitar movimentos unilaterais que apenas aprofundarão a barreira entre os dois povos e minem as chances de paz".

Como os dois lados estão coordenando seus esforços para conter a disseminação da COVID-19 no território, eles devem reconhecer a interdependência existente e adotar medidas concretas para resolver o conflito, prosseguiu Mladenov.

Apesar dos desenvolvimentos positivos na frente diplomática, Mladenov apontou, as autoridades palestinas continuam enfrentando uma escassez aguda de equipamentos médicos.

Cooperação contra COVID-19 pode trazer paz para Israel e Palestina, diz oficial da ONU

Em março, os serviços de saúde na Faixa de Gaza ficaram com 44% dos suprimentos essenciais, além da necessidade crítica de testes e equipamentos para unidades de terapia intensiva. Em Jerusalém Oriental, apenas dois dos seis hospitais estão prontos para tratar pacientes com COVID-19.

Para mitigar o impacto da crise da saúde, os líderes israelenses e palestinos devem considerar a libertação de - ou alternativas para - detidos que são particularmente vulneráveis à COVID-19, incluindo mulheres e crianças.

Mladenov observou que as Nações Unidas lançaram um plano de resposta solicitando US$ 34 milhões para responder às necessidades de saúde pública da pandemia de COVID-19 na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental e Faixa de Gaza.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, Israel confirmou 14.592 casos de COVID-19, com 191 mortes. Na Cisjordânia e Gaza, 480 infecções foram diagnosticadas e quatro fatalidades registradas.

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