A garota mumificada estava usando dois brincos, dois anéis e quatro colares, um dos quais é de grande valor, explicou em comunicado o Conselho Superior para a investigação Científica (CSIC) espanhol.
O sarcófago pintado de branco e esculpido de um único tronco de árvore foi descoberto a poucos metros do pátio de entrada à tumba-capela de Djehuty (supervisor do Tesouro e dos trabalhos artesanais da rainha-faraó do Antigo Egito, Hatexepsute) perto de uma pequena construção de adobe de 1600 a.C.
Arqueólogos explicaram que o sarcófago foi abandonado por saqueadores de túmulos de outra época, mas deixado "com certo cuidado e sem ser aberto".
A radiografia do achado revelou que a múmia tinha dois brincos na orelha esquerda e dois anéis, um feito de osso e outro de vidro azul com uma presilha e um fio em torno do dedo.
No peito da garota mumificada havia quatro colares, dois de faiança de diferentes tons de azul, e um de faiança e de vidro verde, escreve portal Ahram.org.
Múmia da XVII dinastia é descoberta em um sarcófago na necrópole Draa Abul Naga, em Luxor.
O quarto colar foi considerado "o mais elaborado e valioso", ressaltou José Manuel Galán, pesquisador do CSIC, acrescentando que o objeto contém 74 peças de diferentes formas esculpidas de ametista, cornalina e outras pedras semipreciosas não identificadas.
Galán, o coordenador do projeto Djehuty, destacou a riqueza dos acessórios, por terem sido de uma pessoa tão jovem em um "um sarcófago relativamente modesto".
Nesta zona da necrópole foram enterrados ao menos três faraós da dinastia XVII e alguns membros das suas famílias, bem como cortesãos.