Pesquisadores dos EUA e da China estão estudando de maneira conjunta as origens do novo coronavírus, informa o jornal Financial Times, apesar de Washington criticar Pequim por não colaborar com outros países nesta matéria.
Ian Lipkin, virologista e diretor do Centro de Infecções e Imunidade na Universidade de Columbia (EUA), declarou que está trabalhando com especialistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China para determinar se a COVID-19 surgiu em outras regiões do gigante asiático antes de ser detectada em Wuhan.
Lipkin assegura que esta instituição chinesa deseja "aprender todo o possível sobre as origens" deste coronavírus. Desta forma, seus especialistas analisam tanto dados de diferentes autoridades regionais como amostras de sangue de pacientes com pneumonia em todo o país.
Este trabalho começou em fevereiro e seus resultados poderão se tornar públicos no fim deste ano, comentou Lu Jiahai, professor da Universidade Sun Yat-sen de Guangzhou (China).
O próprio Ian Lipkin participou do desenvolvimento de um exame rápido para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês) durante a proliferação desta doença em 2003 e isso o permitiu fortes conexões com as autoridades da China.