As pinturas foram descobertas nas profundezas de uma caverna na península do Sinai e não têm nada em comum com outros exemplares de arte rupestre encontrados até agora. Estes retratos enigmáticos poderão fornecer informações valiosas sobre a pré-história do Egito.
Uma missão arqueológica do Ministério do Turismo e Antiguidades do país estava examinando uma caverna em Wadi al-Zulma, no norte do Sinai, quando encontrou as misteriosas pinturas rupestres.
A caverna se encontra no alto de uma encosta sobre um vale. Feita de pedra calcária, a caverna é de difícil acesso por ter 20 metros de altura e 15 metros de profundidade. Ao entrar na caverna, arqueólogos encontraram uma vasta variedade de arte rupestre nunca antes vista.
Ayman Ashmawy, representante do Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito, afirmou ao jornal Egypt Independent que "a caverna é a primeira deste tipo a ser encontrada na área".
A península do Sinai tem muitos exemplos de arte rupestre, tendo muitos deles sido encontrados na caverna al-Zaranji, no início do ano. Grande variedade de gravuras achadas antecede a era dos faraós e possivelmente é de 10.000 anos atrás.
Pinturas rupestres descobertas no norte do Sinai são diferentes das encontradas em outros lugares, sendo mais parecidas com as de baixo-relevo, e as figuras tendem a ser em salientes na superfície das paredes da caverna.
A arte rupestre encontrada em outros lugares da região semelhante à descoberta em al-Zaranji foi feita com desgaste da rocha e posterior aplicação de pigmentos para colorir as gravuras, escreve portal Ancient Origins.
As imagens retratam "animais, incluindo camelos, cervos, mulas, cabras de montanha e burros", disse Hisham Hussein, chefe da missão e diretor de Antiguidades do Sinai. Alguns dos animais retratados já há muito tempo sumiram da região e isso pode ajudar os pesquisadores a datar as gravuras.