Ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), o advogado André Luiz Mendonça foi anunciado novo ministro da Justiça, substituindo o ex-juiz federal Sergio Moro, exonerado na última sexta-feira (24).
Evangélico, Mendonça é pastor na Igreja Presbiteriana Esperança, em Brasília. Ele assumiu o comando da AGU no começo do governo Bolsonaro, tendo anteriormente ocupado a corregedoria do órgão, entre 2016 e 2018.
Assim como o novo ministro da Justiça, quem também é próximo da família do presidente é o novo diretor-geral da PF, Alexandre Ramagem. Ele ocupava o cargo de diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e foi chefe da segurança de Bolsonaro no pleito eleitoral.
O posto que Ramagem vai assumir foi o estopim para a crise entre Bolsonaro e Moro. O presidente decidiu pela demissão do então diretor-geral Maurício Valeixo sem consultar o então ministro da Justiça. Ambos não chegaram a um consenso, sobretudo porque o presidente tinha nomes de sua preferência – dentre eles o de Ramagem – que Moro considerava mais políticos do que técnicos.
A confirmação da exoneração de Valeixo fez com que, horas após a publicação tenha sido feita no DOU, Moro optasse pela sua saída, após uma concorrida entrevista coletiva cheia de revelações e acusações.
Críticos de Ramagem se mostram contrários à sua indicação pela sua proximidade com o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente e que poderia estar sendo investigado pela PF.