Na terça-feira (28), após ouvir um comentário de uma jornalista na portaria do Palácio da Alvorada sobre a ultrapassagem do Brasil no número de vítimas mortais da COVID-19 em comparação com a China, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, retrucou.
"E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagres."
Confira o vídeo:
De acordo com boletim do Ministério da Saúde divulgado ontem, a COVID-19 provocou mais de cinco mil mortes em solo brasileiro, colocando o Brasil à frente do primeiro epicentro do coronavírus – a China, que contabilizou 4.643 vítimas fatais na terça-feira.
Em entrevista à Sputnik, o vice-presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Ciro Gomes, acusou Jair Bolsonaro de atitude genocida.
"Infelizmente, o presidente Bolsonaro é irresponsável, age propagando fake news e atenta contra a saúde pública brasileira. Sua atitude é genocida e vamos lutar para que ele seja responsabilizado e condenado por seus atos criminosos", assegurou o ex-candidato à presidência da República.
As palavras de Jair Bolsonaro estão repercutindo sem parar, e grande parte da propagação é arquitetada por bolsonaristas e opositores ao presidente do Brasil, com a criação de hashtags no Twitter.
Em terceiro lugar dos assuntos mais comentados no Twitter, se encontra a hashtag #BolsonaroHeroi, com mais de 75 mil tweets.
"Deixem esse homem, eleito democraticamente, governar em paz!", pede bolsonarista.
Internauta tenta mobilizar apoiadores de Bolsonaro para crescer ainda mais o número de tweets com a hashtag.
"Passarinho vermelho", novo apelido do Twitter.
A hashtag também está sendo usada para criticar o presidente do Brasil.
"Nossa, a esquerda deve estar chorando com a tag."
Um pouco abaixo da hashtag a favor de Bolsonaro, se encontra o tema "Messias", com 85 mil tweets, em nono lugar dos assuntos mais comentados do Twitter.
"China filmando" a confusão.
Realidade brasileira retrucada com um "e daí?".
"Que cristão é esse que fala em Messias para debochar da dor de milhares de famílias destruídas", indaga o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ).