Agora, a entidade informou que quer um convite para participar da investigação chinesa sobre o surto da COVID-19. Tarik Jasarevic, porta-voz da OMS, declarou que a organização "gostaria de trabalhar" a "convite do governo chinês" nas "origens animais" do novo coronavírus.
Seus comentários foram feitos menos de 24 horas depois que o representante da OMS na China, Gauden Galea, revelou que estava ciente de que "alguma investigação nacional estava acontecendo", mas que ainda não havia sido convidado pela China a participar.
O médico de saúde pública maltês acrescentou que, do seu ponto de vista, não havia boas razões para a OMS ser excluída da investigação chinesa.
Galea revelou ainda que as "origens do vírus são muito importantes" e precisam ser estudadas para "impedir uma recorrência". Até o momento, a OMS não pôde estudar documentos de dois laboratórios virais em Wuhan, o epicentro original do vírus.
No entanto, eles enfatizaram que não têm dúvidas de que o novo coronavírus ocorreu naturalmente, contrariando teorias de que poderia ter sido criado em um laboratório.
Pequim não respondeu imediatamente às críticas do órgão de saúde da ONU sobre a investigação chinesa. O governo chinês defendeu a OMS quando os EUA atacaram a organização com um suposto fracasso em alertar o mundo sobre o perigo representado pelo novo coronavírus.
A COVID-19 foi identificada pela primeira vez na cidade de Wuhan em dezembro passado, antes de se espalhar pelo mundo. A OMS declarou uma pandemia em 11 de março e até o momento já foram registrados mais de 3 milhões de casos confirmados e 234 mil mortes em todo o mundo, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.