Aleksandr Troitsky, médico-chefe do Centro Científico e Clínico Federal da Rússia, enumerando em declarações à rádio Business FM as diversas causas de morte por COVID-19, assegurou que a maioria dos pacientes não morre de complicações pulmonares, mas sim de insuficiência renal.
"A maioria dos pacientes não morre mais de complicações pulmonares e, digamos, na nossa ala, quase todos os pacientes que permanecem por muito tempo em ventilação mecânica passam por uma fase de insuficiência renal aguda, necessitando de hemodiálise, de medicamentos que filtrem toxinas e de dispositivos especiais que antes da diálise possam ajudar os rins a lidar com a insuficiência renal", afirmou o especialista.
Ainda de acordo com o médico, apesar da exiguidade dos dados estatísticos – de apenas um mês – ele crê poder adiantar que cerca de 30% dos pacientes é possível extubar.
A detecção precoce do vírus é considerada um dos fatores-chave para a sobrevivência dos doentes, mas o fato de os sintomas poderem ou não variar significativamente dificulta a ação dos profissionais de saúde.
Segundo os dados divulgados em 2 de maio pela Universidade Johns Hopkins, a pandemia do novo coronavírus já infectou 3.346.297 pessoas e ceifou 238.826 vidas em 187 países e regiões.