Este novo teste é capaz de identificar portadores de SARS-CoV-2 quatro dias antes dos outros meios de diagnóstico atualmente em uso, relata o jornal britânico The Guardian.
O teste pode detectar a presença do vírus 24 horas após a infecção, antes que o portador seja considerado contagioso.
"O teste preenche uma lacuna de diagnóstico [para coronavírus] em todo o mundo", afirmou Brad Ringeisen, chefe do Escritório de Tecnologias Biológicas da Agência de Defesa dos Estados Unidos (DARPA, na sigla em inglês), responsável por conduzir pesquisas tecnológicas para as Forças Armadas norte-americanas, citado pelo The Guardian.
Stuart Sealfon, que chefiou a equipe de pesquisa sediada no Mount Sinai Hospital, em Nova York, disse que o teste examina a resposta do corpo ao novo coronavírus.
"Como a resposta imunológica ao vírus se desenvolve imediatamente após a infecção, sinais da presença do SARS-Cov-2 podem ser detectáveis mais cedo", afirmou Sealfon ao The Guardian.
Assim, este teste poderia fornecer resultados mais cedo do que o teste de recolha nasal com zaragatoa (cotonete) atualmente em uso, que procura pelo próprio vírus.
Este novo teste deverá requerer uma autorização de uso emergencial à Administração de Alimentos e Drogas (FDA, na sigla em inglês), órgão regulador farmacêutico nos Estados Unidos, de modo a agilizar a aprovação.
A ser concedida, espera-se que os testes se iniciem nos Estados Unidos já na segunda quinzena de maio, diz o jornal.
O teste foi desenvolvido como parte de um projeto do DARPA, agência responsável pela realização de pesquisas tecnológicas para os militares norte-americanos, que buscava formas de diagnosticar rapidamente sinais de envenenamento quando uma arma biológica ou química fosse utilizada.
Com a explosão pandêmica, o projeto foi redirecionado para pesquisas sobre o novo coronavírus SARS-CoV-2 que provoca a doença COVID-19.