Durante o motim, detentos fizeram sete agentes de reféns na Unidade Prisional de Puraquequara (UPP). Segundo o governo, não houve mortes.
O secretário de Segurança, coronel Louismar Bonates, foi até o local e disse que a "situação" estava "normalizada".
"Nenhum refém ferido gravemente, apenas arranhões, e nenhum preso foi ferido. A situação já está normalizada. As bombas que foram soltas foram só de efeito moral", afirmou, segundo o portal G1.
A Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Grupo de Intervenção Penitenciária foram até o presídio para negociar com os presos e ajudar a conter a rebelião.
Presos dizem que falta água e comida
De acordo com a imprensa, os presos exigiam melhores condições e relatam situações de privação de água e comida.
A rebelião começou por volta das 6h, durante o café da manhã, quando detentos serraram grades de duas celas e atacaram agentes penitenciários. A unidade tem 1.079 internos, mas o número de pessoas que participaram do motim não foi divulgado.
Mais tarde, no início da noite de sábado, a Secretaria de Segurança divulgou nota afirmando que 17 pessoas tinham ficado feridas, nenhuma seriamente: três agentes teriam se machucado ao pular das muralhas e cinco presos e dois policiais militares tiveram ferimentos durante as negociações.
Devido à pandemia do novo coronavírus, os detentos não podem receber visitas e novos presos ficam isolados. Até o momento, há dois casos positivos para COVID-19 dentro de presídios no Amazonas, nenhum deles na unidade de Manaus.
Desde o início do mês, após a descoberta de um túnel que detentos tentaram cavar para fugir da UPP, a polícia patrulha diariamente todas as unidades prisionais de Manaus.