"O Ministério das Relações Exteriores, em nome do Governo Nacional, rejeita as alegações feitas pelo regime ditatorial de Nicolás Maduro tentando culpar nosso país por supostos eventos de desestabilização", disse a pasta por meio de um comunicado.
Segundo o ministro do Interior e Justiça da Venezuela, Néstor Reverol, um grupo de pessoas armadas tentou entrar na Venezuela a partir da Colômbia, pelo litoral do estado de La Guaira, para provocar um golpe de Estado.
Reverol disse que a invasão ocorreu por meio de lanchas. Segundo o governo venezuelano, a ação dos militantes colombianos aconteceu na madrugada de domingo (3) e foi interceptada pelas forças de segurança.
De acordo com o governo, fuzis foram apreendidos. Além disso, oito mercenários morreram e dois foram presos. Um deles seria um agente da Administração Antidrogas dos Estados Unidos.
'Desviar a atenção'
Em declaração para a Telesurtv.net, o chanceler venezuelano afirmou que o grupo tinha como missão "cometer assassinatos de líderes do governo revolucionário, incrementar a espiral de violência, gerar o caos e a confusão entre a população e, com isso, provocar uma nova tentativa de golpe de estado".
A chancelaria colombiana, por seu lado, afirmou que a acusação venezuelana é mais uma tentativa de "desviar a atenção sobre os verdadeiros problemas que vive o povo da Venezuela".
O governo da Colômbia considerou ilegítima a reeleição de Maduro em maio de 2018, e reconhece o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, assim como os Estados Unidos e o Brasil.
A Venezuela, por sua vez, diz que a Colômbia é aliada dos EUA na tentativa de derrubar o governo e dar um golpe de estado contra o governo chavista.