Os fósseis de preguiças terrestres gigantes, da espécie Eremotherium laurillardi, assim como os de um antigo cavalo, um cervo e uma pampa, foram escavados no Equador.
Ao menos 15 dos exemplares eram adultos, enquanto os demais eram pré-adultos e jovens, e outros eram tão pequenos que poderiam ser recém-nascidos ou fetos.
Embora os fósseis estivessem conservados em asfalto, os autores do estudo publicado pela revista Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology não encontraram nenhuma evidência de que os animais tivessem caído em um poço de alcatrão, ficando presos e morrendo. A morte pode ter sido resultado de uma seca ou doença provocada por água contaminada com seus próprios excrementos.
O estudo foi dirigido por Emily Lindsey, paleontóloga da Universidade da Califórnia e diretora de escavação do Rancho do Poço de Piche de La Brea, em Los Angeles.
"Durante anos, todo o mundo pensou no clássico cenário dos poços de alcatrão de La Brea, onde um grande herbívoro ficou preso, logo diversos carnívoros foram atraídos pelo animal preso e também ficaram presos, bem como pássaros, insetos etc.", afirmou à Gizmodo a especialista.
"Nada ficou preso no Tanque Loma! Os animais morreram em um ambiente aquático como muitos outros leitos fósseis, e os ossos foram preservados por acaso, graças ao asfalto filtrado", ressaltou.
No entanto, além de algumas conchas, a equipe não encontrou fósseis aquáticos no lugar da escavação: apenas uma grande quantidade de restos de plantas pequenas.
"Agora sabemos que Eremotherium vivia em grupos e tinha um comportamento parental [...] Também temos este tipo de evidência de outra preguiça terrestre gigante, o Oreomylodon wegneri, do vale de Quito", afirmou José Luis Román-Carrión, paleontólogo da Escola Politécnica Nacional do Equador.