O ato do presidente foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) e inclui quatro itens básicos: produção, transporte e distribuição de gás natural; indústrias químicas e petroquímicas de matérias-primas ou produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas; atividades de construção civil; e atividades industriais.
A decisão do presidente acontece depois de Bolsonaro, o ministro da Economia Paulo Guedes, e um grupo de 15 empresários terem caminhado até o Supremo Tribunal Federal (STF), onde foram recebidos pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli.
Ao chefe do Supremo, Bolsonaro pediu um compartilhamento de responsabilidades em meio às dificuldades econômicas brasileiras, enquanto a expansão do novo coronavírus segue a pleno vapor, com mais de 8,5 mil mortos e 125 mil casos confirmados.
Tanto os empresários quanto Bolsonaro pediram maior cuidado com a economia, com as empresas e com os empregos. Toffoli, por sua vez, informou que é preciso maior trabalho conjunto entre o governo federal e os estados.
Segundo decisão do STF, governadores e prefeitos têm a atribuição de definirem medidas restritivas de circulação e de fechamento do comércio. A decisão veio após Bolsonaro ameaçar, com uma canetada, forçar a reabertura do comércio em todo o país.
O presidente é forte crítico das medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores, e tal posição acabou levando-o a demitir o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que apoiava tais ações em detrimento à opinião do seu chefe direto.
Bolsonaro já disse em mais de uma ocasião que a reabertura será feita "com responsabilidade", mas o Ministério da Saúde até o momento, desde que o ministro Nelson Teich assumiu o lugar de Mandetta, não divulgou diretrizes de como isso será possível.