Chanceler cubano rechaça reincorporação de Cuba em lista negra de 'terrorismo' dos EUA

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, destaca que Washington incluiu Havana em lista de países que não colaboram com a luta antiterrorista, mas ainda não condenou ataque à embaixada cubana em abril.
Sputnik

O chanceler de Cuba rechaçou nesta quarta-feira (13) a reincorporação de Cuba na lista negra dos EUA de países que não colaboram com a luta antiterrorista, da qual os Estados Unidos retiraram a ilha em 2015.

Rodríguez criticou os EUA por colocarem o país nesta lista, que considera "espúria", enquanto "não impediram" nem condenaram o ataque perpetrado contra a Embaixada de Cuba em Washington, ocorrido em 30 de abril.

Segundo o diplomata, os EUA "escondem seu histórico de terrorismo de Estado contra Cuba e impunidade a grupos violentos em seu território".

Em um discurso, o chanceler recordou que existe uma "longa e sangrenta história de terrorismo contra as missões diplomáticas de Cuba nos EUA e contra seus funcionários".

Por que a reincorporação?

O Departamento de Estado dos EUA informou na quarta-feira (13) que reincorporação de Cuba na lista – da qual saiu há cinco anos, depois de 35 anos incluída – se deve a que membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia, que viajaram em 2017 para realizar negociações pela paz, permaneceram na ilha em 2019.

Além do mais, Havana teria se negado a extraditar à Colômbia integrantes desta organização de guerrilha.

"A recusa de Cuba a se comprometer produtivamente com o governo colombiano demonstra que não está cooperando com o trabalho dos EUA para apoiar os esforços da Colômbia para assegurar paz, segurança e oportunidade justa e duradoura para seu povo", declarou o Departamento de Estado norte-americano.

Na lista, além de Cuba, estão Irã, Síria, Coreia do Norte e Venezuela.

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