Investidor não descarta risco de colapso total da economia devido à pandemia

A economia global sofrerá um colapso total em um futuro próximo se os governos não autorizarem a retoma das atividades suspensas pelas medidas de confinamento e quarentenas.
Sputnik

Em declarações à Sputnik, Oskar Stakhovyak, economista, analista de risco e sócio-gerente da empresa Untitled Ventures, advertiu que "um colapso completo da economia é um cenário real em um futuro próximo", a menos que os governos abram as economias.

"A maior parte dos prejuízos para a economia ocorreu no segundo trimestre deste ano, mas como vemos agora, até ao final do trimestre a situação melhorará. Contudo, devido à situação geral, muitas empresas vão ver desvalorizados seus ativos, o que pode levar a um aumento do endividamento, cuja dimensão dependerá do tipo de indústria. Se as restrições [quarentena e suspensão da atividade das empresas] continuarem no terceiro trimestre, toda a economia estará em grandes apuros", disse o especialista.

De acordo com Stakhovyak, a situação é agravada por medidas de apoio desproporcionais e por uma gestão ultrapassada.

Investidor não descarta risco de colapso total da economia devido à pandemia

"O setor financeiro hoje é administrado de acordo com os mesmos modelos [...] quando assumimos que amanhã será como ontem, e de acordo com este cenário, não são precisas reservas, pois sempre houve acesso ao capital", afirmou Stakhovyak.

O especialista afirma que as empresas industriais serão as primeiras a retomar suas atividades, enquanto o setor de serviços ainda terá de aguentar a quarentena.

Stakhovyak é de opinião que a própria população está cansada do confinamento e poderia estar disposta a enfrentar certos riscos.

"Se [o país] está em quarentena há muito tempo, a população está cansada e quer assumir os riscos propostos pelo Estado. Neste caso, tal decisão [de relaxamento ou fim da quarentena] compensará economicamente quaisquer riscos. Além disso, estamos vendo agora uma diminuição nas infecções e, por causa da natureza humana, estamos mais inclinados a acreditar que o pior já passou, impulsionando o retomar da vida e da economia", concluiu o especialista.

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