Ruínas de cidade milenar são desenterradas no centro da China (VÍDEO)

Arqueólogos desenterraram recentemente ruínas de uma antiga cidade na província central chinesa de Henan, indicando que a civilização chinesa tem mais de 5.300 anos.
Sputnik

O sítio arqueológico, onde foram descobertas as ruínas da cidade antiga, ocupa uma vasta área de 1,17 milhão de metros quadrados e se situa a dois quilômetros ao sul do rio Amarelo no município de Heluo, perto da cidade de Gongyi.

O local é considerado um dos maiores aglomerados tribais da cultura Yangshao, que surgiu há cerca da sete mil anos durante o Neolítico.

No sítio arqueológico foram descobertos mais de 1.700 túmulos organizados em três blocos. Entre as áreas residenciais, pesquisadores acharam fragmentos de três plataformas de sacrifício, que dão ideia da prática de antigos rituais.

Arqueólogos desenterraram vários objetos de cerâmica e uma pequena escultura esculpida que se assemelha a um bicho-da-seda. Trata-se de descoberta de valor inestimável para arqueólogos e historiadores, revela portal China.org.

Li Boqian, cientista e professor da Universidade de Pequim, afirmou que a localização do sítio arqueológico coincide com as descrições do Livro das Mutações, um clássico da filosofia chinesa.

O Livro das Mutações retrata um cavalo subindo do rio Amarelo carregando um mapa místico, enquanto uma tartaruga emerge do rio Luo com o próprio livro nas costas.

"A cidade de Heluo está situada no estuário onde o rio Luo desagua no rio Amarelo, portanto as ruínas podem definitivamente ser consideradas parte do Antigo Estado do rio Amarelo e rio Luo", explica Li.

Esta descoberta, além de ser um dos primeiros exemplos de transformação do sistema tribal em hierárquico, confirma que a civilização chinesa tem mais de cinco mil anos.

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