Hoje (20), em discurso de posse de seu segundo mandato, a reeleita presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, declarou:
"Eu quero reiterar as palavras 'paz, paridade, democracia e diálogo'. Nós não vamos aceitar o uso pelas autoridades de Pequim de 'um país, dois sistemas' para rebaixar Taiwan e minar o status quo das relações bilaterais. Nós persistimos neste princípio," publicou a agência Reuters.
A China utiliza o princípio "um país, dois sistemas", especialmente com Hong Kong, desde que a soberania do território passou do Reino Unido para Pequim em 1997.
Ainda de acordo com Tsai, tanto Taiwan quanto a China deverão "encontrar um meio para coexistirem em longo termo e prevenir a intensificação do antagonismo e as diferenças".
'Reunificação inevitável'
Contudo, as declarações de Tsai não foram bem recebidas por Pequim. Para Tsai, Taiwan é um país independente, chamado de República da China, que não quer fazer parte da República Popular da China sob a autoridade de Pequim.
Por sua vez, a chancelaria chinesa, respondendo às afirmações de Tsai, declarou:
"A reunificação é uma inevitabilidade histórica do grande rejuvenescimento da nação chinesa [...] Nós temos a vontade firme, confiança total e capacidade suficiente para defender a soberania nacional e a integridade territorial."
Conflito com os EUA
As divergências entre a China e Taiwan têm sido um dos pontos de atrito nas relações entre Pequim e Washington.
No contexto do início do novo mandato de Tsai, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, a saudou em seu Twitter.
Parabéns à Dr.ª Tsai Ing-wen no início de seu segundo mandato como presidente de Taiwan. A vibrante democracia de Taiwan é uma inspiração para a região e o mundo. Com a presidente Tsai no leme, nossa parceria com Taiwan continuará a florescer.
Por sua vez, a chancelaria chinesa condenou os EUA pela declaração de Pompeo, afirmando que seu governo tomará as "contramedidas necessárias".