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COVID-19: exame genético feito no Brasil pode permitir testagem em massa a partir de junho

Um hospital brasileiro desenvolveu um novo teste que deve permitir a partir do próximo mês a testagem em larga escala da população em meio à pandemia do novo coronavírus. A notícia foi anunciada pelos responsáveis pela novidade nesta quinta-feira (21).
Sputnik

O novo exame é genético, uma vez que utiliza uma tecnologia conhecida como Sequenciamento de Nova Geração (Next Generation Sequencing), que analisa fragmentos pequenos de DNA para identificação de moléstias diversas.

Profissionais do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, levaram dois meses para desenvolver o teste, que possui alta precisão e disponibiliza os resultados mais rapidamente. Ele já foi patenteado junto ao Sistema Internacional de Patentes, nos EUA, e estará disponível a partir de junho.

"O feito da equipe do Einstein, executado em tão pouco tempo, é resultado do grande investimento da organização em suas áreas de pesquisa, inovação e empreendedorismo", declarou ao portal G1 o engenheiro Claudio Terra, diretor de Inovação e Transformação Digital da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, mantenedora do hospital.

Segundo os responsáveis pelo novo teste, a COVID-19 é detectada por meio da leitura do RNA, principal molécula presente em muitos tipos de vírus. Além disso, ele apresenta 100% de segurança dos resultados em até três dias a partir da coleta de amostras de saliva ou retiradas da região nasal.

COVID-19: exame genético feito no Brasil pode permitir testagem em massa a partir de junho

O exame desenvolvido pelo hospital brasileiro permite a análise simultânea de até 1.536 amostras, 16 vezes mais do que o RT-PCR, principal método para detectar o novo coronavírus a partir da confirmação da presença de material genético do vírus no organismo.

Ao Jornal Nacional, da Rede Globo, Terra comentou que o teste do Einstein demanda menos insumos do que os demais exames conhecidos no mercado. Além disso, ele poderá ser disponibilizado tanto para a rede hospitalar privada quanto para a pública.

O Brasil é um dos países considerados epicentros da COVID-19 no mundo, com um crescimento constante tantos das mortes (que ultrapassaram as 20 mil), quanto no número de infectados (mais de 310 mil). Inversamente proporcional é a testagem da população, tida como uma das menores entre os países com cenários mais graves da pandemia.

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