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'Irresponsável': oposição apresenta novo pedido de impeachment contra Bolsonaro

Sete partidos da oposição e mais de 400 entidades apresentaram nesta quinta-feira (21) na Câmara dos Deputados uma petição conjunta pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Sputnik

A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), principal líder desse grupo, Gleisi Hoffmann, argumentou que Bolsonaro "deve ser impedido" porque "ele está liderando o Brasil e a maioria do povo em direção à tragédia", de acordo com um comunicado conjunto.

Os signatários da petição acreditam que Bolsonaro cometeu vários "crimes de responsabilidade", estes tidos como base legal necessária para abrir um processo que pode eventualmente removê-lo do poder.

Os organismos citam um ataque à saúde pública e um risco à vida do povo brasileiro por seu comportamento "irresponsável" na crise do novo coronavírus, uma vez que consideram que sua omissão em resposta às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) está agravando o quadro da pandemia no país.

Eles também lembraram que Bolsonaro estimulou atos contra a democracia, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) ao participar de manifestações golpistas organizadas por seus apoiadores.

Também são citadas suas palavras incitando uma "guerra" contra os governadores e a suposta interferência nas investigações da Polícia Federal do Rio de Janeiro, que supostamente pretendiam proteger sua família.

'Irresponsável': oposição apresenta novo pedido de impeachment contra Bolsonaro

A petição é assinada pelo PT, pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), pelo Partido da Causa Operativa (PCO), pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) e pelo Unidade Popular (UP).

Organizações como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), a Central de Movimentos Populares e vários sindicatos, centros acadêmicos e outras organizações da sociedade civil também participam da petição.

Esta não é a primeira petição formal de impeachment contra Bolsonaro (já são 32, um recorde histórico), mas é a que reúne mais partidos e entidades, pois até agora os pedidos foram apresentados individualmente por partidos, juristas ou parlamentares.

Para iniciar o processo, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teria que selecionar uma dessas petições e votá-la em plenário, onde ela teria de ser aceita pela maioria de dois terços do total de votos.

Se o processo de impeachment fosse iniciado formalmente e Bolsonaro fosse finalmente considerado culpado pelo Congresso Nacional, ele deixaria o cargo e seria substituído por seu vice-presidente, general Antonio Hamilton Mourão (PRTB).

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