Na sexta-feira (22), o jornal Washington Post informou que membros da Casa Branca estariam discutindo a realização dos primeiros testes nucleares dos EUA desde 1992, diante de supostas ameaças da Rússia e da China.
"Um teste nuclear de Trump cruzaria uma linha que nenhum país pensou que os EUA voltariam a cruzar e está ameaçando a saúde e a segurança de todas as pessoas", disse a diretora executiva da ICAN, Beatrice Fihn, através de comunicado.
A declaração também relata que norte-americanos teriam problemas de saúde até os dias de hoje devido aos testes nucleares realizados pelo país no passado.
Fihn afirma ainda que a realização de novos testes iniciaria uma nova Guerra Fria e acabaria com qualquer chance de evitar uma nova corrida nuclear, concluindo o que ela chama de "erosão da estrutura global de controle de armas".
"Somente uma solução multilateral pode fortalecer os tratados bilaterais que Trump está destruindo. O TPNW [sigla em inglês para Tratado de Proibição de Armas Nucleares] é essa solução", afirmou a diretora executiva da ICAN.
Adotado na Organização das Nações Unidas (ONU) em 2017, o TPNW é um documento que visa alcançar a eliminação total de armas nucleares no mundo. Para entrar em vigor, são necessários 50 estados para ratificá-lo. Até agora, 37 países o fizeram.