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Após chamar ministros do STF de 'vagabundos', Weintraub é convocado pelo Senado

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, terá que prestar explicações ao Senado Federal, que aprovou nesta segunda-feira (25) a sua convocação para explicar as falas durante a reunião ministerial de 22 abril, cujo vídeo foi tornado público na última sexta-feira (22).
Sputnik

Na sua participação no encontro com ministros e o presidente Jair Bolsonaro, Weintraub chamou os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de "vagabundos", afirmando que queria prendê-los. O ministro declarou ainda que odeia os termos "povos indígenas" e "povo cigano" e classificou Brasília como "uma porcaria", "um cancro de corrupção, de privilégio".

Os senadores aprovaram a convocação com base nestas três falas, e o comparecimento é obrigatório, com base na Constituição Federal. Se não comparecer, Weintraub pode responder por crime de responsabilidade. A data ainda será definida entre o Senado e o ministério.

Segundo o requerimento da convocação, de autoria da senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), Weintraub "atentou contra a dignidade dos integrantes da mais alta Corte do Judiciário brasileiro, agrediu a Capital da República e desprezou os povos indígenas, cuja integridade e cultura devem ser preservadas por preceito constitucional".

Após chamar ministros do STF de 'vagabundos', Weintraub é convocado pelo Senado

O vídeo foi tornado público por ordem do ministro Celso de Mello, do STF, que é o responsável pelo inquérito que apura a suposta interferência de Bolsonaro na Polícia Federal (PF), denunciada pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

O possível crime de injúria já foi levado ao conhecimento dos demais ministros do Supremo, que poderão ou não processar Weintraub pela sua fala.

Weintraub também é alvo de requerimento semelhante na Câmara dos Deputados. Quem também está no radar das duas Casas do Congresso Nacional é o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que usou a reunião ministerial para expor a "oportunidade" que a COVID-19 estaria dando para o governo "ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas".

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