Detenção de executiva da Huawei no Canadá é 'grave incidente político', diz embaixada da China

A embaixada da China no Canadá condenou a decisão da Justiça canadense pela detenção da diretora financeira da Huawei, Meng Wanzhou, como um "grave incidente político".
Sputnik

Nesta quarta-feira (27), a Suprema Corte da Columbia Britânica, no Canadá, negou o pedido da defesa de Meng para encerrar um processo de extradição para os Estados Unidos.

Meng, filha do fundador e CEO da Huawei, Ren Zhengfei, foi presa em 1º de dezembro de 2018 no Aeroporto Internacional de Vancouver, a pedido do governo dos EUA. A executiva é acusada pelas autoridades norte-americanas por suposto papel na violação de sanções contra o Irã.

"Todo o caso é inteiramente um grave incidente político", disse o porta-voz da missão diplomática chinesa através de um comunicado nesta quarta-feira (27).

A embaixada chinesa também acusou os EUA de tentarem derrubar empresas chinesas de alta tecnologia e disse que o Canadá está agindo como cúmplice da injustiça, acrescentando que a China se opõe fortemente à decisão da Justiça local e que insta as autoridades canadenses a libertarem imediatamente a executiva da Huawei.

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Durante o dia, autoridades canadenses, incluindo o ministro das Relações Exteriores do Canadá, François-Philippe Champagne, e o ministro da Defesa Nacional, Harjit Sajjan, afirmaram que a decisão foi "independente".

O ministro da Justiça do Canadá ainda pode se recusar a extraditar Meng se a ordem de extradição for considerada uma violação dos valores canadenses, de acordo com a decisão proferida pela juíza Heather Holmes.

O Departamento de Justiça dos EUA alega que Meng cometeu transgressões financeiras ao enganar o conglomerado financeiro multinacional HSBC, aprovando mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 527 milhões na cotação atual) em transações que violavam as sanções dos EUA impostas ao Irã, entre 2010 e 2014.

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