Segundo os assessores, uma notificação preliminar dos planos de fornecimento e venda foi enviada ao Comitê de Relações Exteriores do Senado e ao Comitê de Relações Exteriores da Câmara em meados de janeiro nos EUA, e espera-se uma notificação formal em breve, informou o jornal neste sábado (30).
Se a proposta for aprovada, a Arábia Saudita comprará 7,5 mil munições guiadas de precisão modelo Paveway IV, fabricadas pela empresa Raytheon Technologies Corporation, além de 60 mil peças que Riade comprou em acordo de 2019.
O Wall Street Journal também informou que, como parte da proposta, Washington assumirá o compromisso de que a Raytheon Technologies produza ainda US$ 106 milhões (R$ 565 milhões) em armas na Arábia Saudita.
Segundo o jornal, a proposta pode reacender objeções de parlamentares democratas que questionam o momento e as justificativas do acordo e impulsionar tensões sobre a venda de armas aos aliados de Washington na região do golfo Pérsico.
A proposta surge um ano depois que o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ordenou que o Departamento de Estado aprovasse 22 acordos de armas no valor de US$ 8,1 bilhões (cerca de R$ 43 bilhões) com a Jordânia, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. A medida veio depois que o governo Trump declarou uma emergência ligada à escalada de tensões com o Irã.
A emergência permitiu que o governo mudasse procedimentos padrão de notificação do Congresso sobre a venda de armas, o que provocou reação dos democratas e de alguns republicanos que tentaram bloquear as transferências de armas.