Em São Paulo, centenas de manifestantes participaram do ato na Avenida Paulista. A manifestação foi convocada por torcidas antifascistas de futebol e liderada pela Gaviões da Fiel, do Corinthians.
Ao final da manifestação, houve cenas de violência e confronto com repressão policial. Pelo menos três pessoas foram detidas.
Um grupo de manifestantes a favor do presidente Jair Bolsonaro também esteve presente na região e foi isolado pela polícia militar. Uma manifestante bolsonarista chegou a ser escoltada por policiais após surgir com um taco de beisebol entre os manifestantes contra o governo Bolsonaro.
No Rio de Janeiro, uma torcida organizada do Flamengo também realizou um ato pela democracia no bairro de Copacabana. Assim como em São Paulo, a manifestação foi dispersada pela polícia com uso de bombas de efeito moral. Manifestantes pró-Bolsonaro também estavam na região e foram isolados por policiais a fim de evitar confrontos.
Em Belo Horizonte, Minas Gerais, manifestantes também foram às ruas convocados por torcidas organizadas, a favor da democracia e contra o governo Bolsonaro.
Manifestação no Rio de Janeiro pede fim da violência policial
Outra manifestação ocorreu neste domingo (31) em frente à sede do governo estadual do Rio de Janeiro contra a crescente violência policial no estado. Os manifestantes se organizaram para levar em conta medidas de distanciamento social e uso de máscaras.
A manifestação denuncia o aumento da violência policial nas regiões mais pobres da cidade em meio à pandemia da COVID-19. Em abril, mesmo durante a quarentena contra o novo coronavírus, houve recorde das chamadas "mortes por intervenção de agente do Estado", as mortes de civis causadas pela polícia.
Ao longo do mês de abril, o primeiro mês completo sob quarentena, foram 177 mortes causadas pela polícia no estado, segundo os dados do Instituto de Segurança Pública de Rio de Janeiro. Como resultado, esse foi o mês de abril com mais mortes desde o início da série histórica, em 2003.
O mês de abril de 2020 também foi o segundo com mais mortes causadas pela polícia na história do Rio de Janeiro, atrás apenas de julho de 2019, quando foram mortas 195 pessoas pela polícia.