O estudo liderado pelo grupo de debate interno do secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, o Escritório de Avaliação de Custos e Programas, aconselhou que a Marinha investisse em até 50 veículos subaquáticos não tripulados extragrandes (XLUUV, na sigla em inglês) para incrementar de maneira significativa o número de "olhos" de que os militares dispõem debaixo d'água.
Este esforço seria apenas uma fração do custo dos submarinos de ataque da classe Virginia. O grupo de pesquisa recomenda também aumentar entre dois a três submarinos de ataque adicionais à avaliação da estrutura da força em 2016, que previa 355 navios, contudo, a maior parte dos novos meios investidos serão alocados a sistemas não tripulados.
A Marinha dos EUA planeja começar a receber dois veículos subaquáticos por ano a partir de 2023, sendo a companhia Boeing encarregada de produzir os referidos aparelhos, de acordo com um relatório do Serviço de Pesquisa do Congresso de março de 2020, conforme escreve portal Defense News.
A ideia por trás disto é assumir missões que os submarinos de ataque maiores das classes Virginia e Los Angeles realizam agora, mas que não requerem um submarino de US$ 3 bilhões (R$ 16 bilhões).
Este é um problema que é exacerbado por um adversário que tem provado estar mais do que disposto a gastar enormes quantias de dinheiro em capacidades com que a Marinha dos EUA se esforça para competir, disse analista naval Eric Wertheim.
"Todo este projeto é uma dessas áreas-chave, como a de energia direcionada [armas laser], onde os EUA podem usar em seu benefício alavancar tecnologias para compensar suas desvantagens ao lidar com um adversário como a China", afirmou Wertheim.
As missões mais adequadas para serem realizadas pelos XLUUV são aquelas que podem ser perigosas demais para um navio tripulado de dimensões maiores, concluiu analista naval.