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Número de endividados sem capacidade de pagamento atinge 4,6 milhões no Brasil

Cerca de 4,6 milhões de endividados no Brasil devem a instituições financeiras mais do que podem pagar.
Sputnik

O Banco Central (BC) divulgou nesta quinta-feira (4) o Relatório de Economia Bancária de 2019. Segundo o BC, os casos em que há inadimplência, comprometimento de renda, empréstimos em várias modalidades e renda abaixo da linha da pobreza são considerados como de risco.

A população com carteira de crédito ativa atingiu 85 milhões de tomadores em todo o país em dezembro de 2019. Desse total, 5,4% ou 4,6 milhões de pessoas estavam em situação de endividamento de risco, informou o BC.

O BC considerou como endividado de risco o tomador de crédito que atende a dois ou mais destes critérios: atrasos superiores a 90 dias no pagamento das parcelas de crédito; comprometimento da renda mensal acima de 50% devido ao pagamento do serviço das dívidas (pagamento de juros e amortizações do valor emprestado); várias modalidades de crédito simultaneamente: cheque especial, crédito pessoal sem consignação e crédito rotativo; renda mensal (após o pagamento do serviço das dívidas) abaixo da linha de pobreza (R$ 439,03 mensais).

O percentual de endividados de risco é crescente com a idade, atingindo 7,8% da população endividada acima de 65 anos, praticamente o dobro do observado nos tomadores com até 34 anos (3,8%). Ou seja, dos 12,4 milhões de tomadores de crédito com idade acima de 65 anos, 1 milhão eram endividados de risco (7,8%). Entre 34 a 54 anos, o percentual é 4,9%, e entre 55 e 65 anos, 7,2%.

Quanto à faixa de renda mensal, a classe dos tomadores com renda entre R$ 5 mil e R$ 10 mil é a que apresenta a maior parcela de endividados de risco, 6,5%. Até R$ 1 mil, o percentual é 5,7%, entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, 4,7%, entre R$ 2 mil e R$ 5 mil, 5,6%, acima de R$ 10 mil, 4,7%.

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