EUA consideram sancionar mais de 40 petroleiros por envolvimento com Venezuela, diz Reuters

O Departamento do Tesouro dos EUA está considerando sancionar mais de 40 navios petroleiros estrangeiros por seu suposto envolvimento no comércio de petróleo com a Venezuela, informou mídia.
Sputnik

Segundo a agência de notícias Reuters, citando autoridades norte-americanas anônimas, as sanções contra alguns dos navios serão anunciadas por Washington em breve, enquanto o restante deve ficar na lista negra por um período mais longo, caso continuem se envolvendo com o país latino-americano que está sofrendo escassez de combustível doméstico.

Restrições a petroleiros estrangeiros

As restrições incluiriam 25 petroleiros capazes de transportar cada um cerca de dois milhões de barris de petróleo, além de outras 17 embarcações de tamanho menor. Essa medida poderia afetar o comércio marítimo global ao aumentar os custos de transporte.

"O efeito líquido pode ser uma mensagem clara para todos os armadores: considerem a Venezuela fora dos limites", disse uma autoridade dos EUA, citada na reportagem.

Um representante do Departamento de Estado americano disse à agência de notícias que funcionários da administração do presidente dos EUA, Donald Trump, "continuam a comunicar com empresas do setor de energia sobre os possíveis riscos com que se deparam ao negociar com a PDVSA [a empresa nacional de petróleo e gás da Venezuela]", sem mencionar as relatadas possíveis restrições aos petroleiros estrangeiros.

EUA consideram sancionar mais de 40 petroleiros por envolvimento com Venezuela, diz Reuters

No dia 2 de junho, o Departamento do Tesouro dos EUA impôs sanções contra quatro entidades, uma registrada na Grécia e três nas Ilhas Marshall, além de quatro navios-tanque pertencentes a essas empresas, por sua suposta assistência ao comércio de petróleo venezuelano.

No momento, Washington decidiu congelar os ativos da PDVSA nos Estados Unidos como parte de seus esforços para sancionar o país. Caracas condenou a medida, dizendo que era ilegal, e acusou o governo de Trump de tentar pôr as mãos nas reservas de petróleo do país.

O fechamento subsequente de muitas refinarias da PDVSA forçou a Venezuela a considerar a importação de suprimentos de combustível para cobrir sua escassez doméstica.

O governo de Trump começou a introduzir pesadas sanções econômicas contra a economia venezuelana em 2018 em um esforço para derrubar o presidente Nicolás Maduro e substituí-lo pelo líder da oposição, Juan Guaidó, apoiado por Washington.

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