Em declarações à mídia de Pequim, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, transmitiu a preocupação de seu país pela "discussão interna na administração norte-americana sobre a retomada dos testes nucleares".
Neste sentido, o país se juntou à Rússia para expressar seu apoio a uma declaração emitida recentemente pelo Grupo de Pessoas Eminentes da Organização do Tratado de Interdição Completa de Ensaios Nucleares, que também pediu a Washington que não reinicie estes testes.
A porta-voz destacou que este tratado de 1996 é "um pilar importante do sistema internacional de controle de armas nucleares e de grande importância para promover o desarmamento nuclear, proibir a proliferação nuclear e defender a paz e a segurança mundial".
Pequim espera que Washington "escute o chamado da comunidade internacional" e contribua para a manutenção do desarmamento nuclear e o regime de não proliferação, enfatizou Hua, ressaltando que os EUA "não deveriam dar mais passos no caminho errado de minar a estabilidade estratégica global".
Os EUA não realizam testes nucleares desde 1992. No mês passado, o The Washington Post reportou, citando fontes anônimas, que o governo de Donald Trump propôs a possibilidade de realizar um teste nuclear, e o tema foi abordado no dia 15 de maio em uma reunião de altos funcionários das principais agências de segurança nacional.