'É muito raro que assintomáticos com COVID-19 possam passar a doença', considera OMS

O organismo assegura que é necessário continuar a pesquisar se pessoas sem sintomas podem realmente propagar o coronavírus.
Sputnik

Maria Van Kerkhove, diretora da unidade de doenças emergentes da Organização Mundial da Saúde (OMS), assegurou em uma coletiva de imprensa que "sem dúvida a propagação assintomática do vírus parece continuar a acontecer, mas é muito rara", uma declaração que gerou dúvidas, já que se considerava que eram precisamente as pessoas que não apresentavam sintomas que eram o foco inicial do contágio.

Na conferência, celebrada na cidade suíça de Genebra, a doutora Van Kerkhove salientou que a ideia anterior de que a transmissão mais massiva ocorria entre pessoas jovens que apresentavam sintomas leves, ou que nem sequer apresentavam sintomas, poderia não estar correta.

"A partir de dados que possuímos, ainda parece raro que um assintomático realmente transmita a um indivíduo secundário", disse a doutora. "Temos uma série de informes de países que estão seguindo muito detalhamento os contatos: estão seguindo casos assintomáticos, estão seguindo contatos e não estão encontrando transmissão secundária", agregou.

Não devemos baixar a guarda

Van Kerkhove foi respaldada pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que, por sua vez, alertou sobre a situação geral do mundo a respeito da COVID-19: "Ainda que a situação esteja melhorando na Europa, a nível mundial piora."

'É muito raro que assintomáticos com COVID-19 possam passar a doença', considera OMS
O alto cargo localizou o novo foco da pandemia no continente americano depois de se situar primeiramente na Ásia e depois na Europa. "Em nove dos últimos dez dias foram relatados mais de 100 mil casos. Ontem, foram notificados mais de 136 mil casos, o máximo em um só dia", informou Tedros.

Segundo afirmou, quase 75% dos casos registrados neste domingo (7) se referiam a dez países, a maior parte destes nas Américas e no sul da Ásia, avisando que "a maior ameaça é a autocomplacência". O diretor da OMS salientou que, apesar da melhora do quadro geral, "não é o momento para que nenhum país levante o pé do acelerador".

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