"O problema é que os Estados Unidos estão colocando a principal prioridade em sua política sobre a Venezuela na demanda por uma mudança no governo legítimo liderado pelo presidente Nicolás Maduro. Não podemos aceitar essa abordagem por razões fundamentais, porque essa é uma continuação da política de mudança de regime que observamos dos americanos nas últimas décadas", disse Ryabkov durante videoconferência sobre as relações entre EUA e Rússia realizada pelo Conselho de Relações Exteriores.
A situação política na Venezuela piorou em janeiro passado, depois que o líder da oposição Juan Guaidó se proclamou presidente interino. Vários países, incluindo os Estados Unidos, o endossaram como líder da Venezuela e instaram o presidente em exercício, Nicolás Maduro, a renunciar.
Os Estados Unidos também aplicaram diversas sanções contra autoridades e entidades venezuelanas, bloqueando US$ 7 bilhões (R$ 34 bilhões, na cotação atual) em ativos pertencentes à empresa nacional de petróleo e gás da Venezuela, PDVSA, e às suas subsidiárias.
Maduro, cuja presidência é apoiada pela Rússia e China, entre outros Estados, denunciou as sanções como uma tentativa ilegal de apreender os bens soberanos do país. Maduro chama Guaidó de fantoche de Washington.