Máscaras em 50% da população podem prevenir 2ª onda de COVID-19, de acordo com estudo

Em conjunto com outras medidas, se pelo menos metade da população usar máscaras em público, o número de infecções cairia, o que permitiria medidas menos restritivas, diz um estudo britânico.
Sputnik

A utilização generalizada de máscaras em áreas públicas, em conjunto com o confinamento, pode evitar uma segunda onda de coronavírus, escreve a agência Reuters, referindo um estudo das universidades de Cambridge e Greenwich, Reino Unido, publicado na quarta-feira (10).

Juntos, o distanciamento social e o uso de máscaras podem ser "uma forma aceitável de gerir a pandemia e reabrir a atividade econômica", diz o estudo publicado na revista Proceedings of the Royal Society A.

A pesquisa utiliza o valor R para expressar a dinâmica de disseminação da doença. Um valor R médio na população superior a um indica a probabilidade de crescimento exponencial. O uso constante de máscaras em público, por exemplo, seria duas vezes mais eficaz que fazê-lo só com o aparecimento de sintomas.

Após avaliar todos os cenários, os cientistas concluíram que o uso rotineiro de máscaras por pelo menos 50% da população reduziu o valor R para menos de um, não só achatando a curva de ondas epidemiológicas futuras, como também permitindo confinamentos menos rigorosos.

"Nossas análises apoiam a adoção imediata e universal de máscaras de rosto pelo público", comenta Richard Stutt, coautor do estudo em Cambridge.

A Organização Mundial de Saúde atualizou suas orientações na sexta-feira (5), recomendando que os governos peçam a todos que usem máscaras faciais de tecido em áreas públicas onde haja risco de disseminação da doença.

Comentar