Em maio, mais de 100 países da Assembleia Mundial da Saúde, órgão decisório da Organização Mundial da Saúde (OMS), apoiaram um pedido de investigação sobre a origem do novo coronavírus, apesar da oposição anterior de Pequim.
"Houve um surto na China, mas não podemos dizer que a fonte original do coronavírus estava na China. Simplesmente o detectamos mais cedo do que o resto e tomamos medidas", avaliou o embaixador durante uma conferência de imprensa.
Entretanto, o diplomata chinês destacou que a China apoia qualquer iniciativa para chegar ao real foco da doença, desde que tal esforço seja realizado com independência e sem conclusões precipitadas.
"É claro que apoiamos essa investigação, mas somos contra a realização de uma investigação na presunção de culpa [...]. É nosso dever, nossa obrigação. No entanto, pensamos que determinar a fonte da COVID-19 é uma questão científica, não política", afirmou.
No final de dezembro de 2019, as autoridades chinesas relataram um surto de pneumonia de origem desconhecida na cidade de Wuhan, na província chinesa de Hubei. Mais tarde, a causa foi determinada como um novo tipo de doença por coronavírus, designada por especialistas como COVID-19.
A China tem sido repetidamente acusada pelos EUA de reter informações sobre a epidemia durante seus estágios iniciais, culpando-a pela disseminação da doença. Pequim, por sua vez, nega com veemência tais afirmações, alegando que está sendo veiculada desde o primeiro dia.
Até agora, a infecção matou cerca de 410 mil pessoas em todo o mundo. Depois da China, da Europa e dos EUA, o mais recente epicentro da doença é a América Latina – com destaque ao Brasil –, de acordo com a OMS.