A Rússia tomará medidas de retaliação se os Estados Unidos transferirem suas armas nucleares da Alemanha para a Polônia, disse à Sputnik o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Vladimir Titov.
"Sejam quais forem as capacidades militares que sejam implantadas em território polonês e que representem uma ameaça ao nosso país, as entidades competentes russas tomarão medidas de resposta abrangentes", disse o diplomata.
Em 8 de junho, o chefe do Escritório de Segurança Nacional da Polônia, Pawel Soloch, disse que a Polônia não estava negociando a possível implantação de armas nucleares norte-americanas em seu território.
Ao mesmo tempo, Soloch apontou a Rússia como a principal ameaça à segurança nacional do país. Em 2014, depois que a Crimeia foi reincorporada na Rússia e o conflito armado eclodiu em Donbass, o tema da "ameaça russa" para os países da Europa Central e do Báltico ganhou mais força.
Os EUA, com a justificação de "dissuadir a agressão russa", começaram a implementar a chamada Iniciativa de Segurança Europeia, no âmbito da qual começaram a acumular tropas e equipamentos adicionais dos países da OTAN nas fronteiras da Europa, bem como a criar infraestruturas militares.
Moscou respondeu que a suposta ameaça russa é um mito que os países ocidentais usam para fins de política interna e também para aumentar a presença militar perto das fronteiras da Rússia.